quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Dependo

De longe percebo tudo de outro jeito, me afasto e vejo todos de outra forma completamente diferente. Não sei se estou errado ou se se apenas consegui enxergar oque me era claro.
A cada dia que passa tudo se elucida mas ao mesmo tempo acho mais confuso, quem disse que eu conseguiria chegar ao ponto certo? Qual é o ponto certo? O que acho certo para alguns é errado?
Sinceramente, apenas não sei, repito que continuo a seguir, sigo sem me preocupar, o caminho que sigo, como já disseram, não é de todo errado já que o errado pode ser o caminho certo.
Não acredito em ser bom, esse pensamento me cega, me torna o que não quero, o que me preocupa é me tornar no que não conheço, não me conhecer, depender de conhecer algo para saber para onde vou, depender de alguém para saber o mesmo, eu sinto...
Dependo de mim, dependo do que me vem à cabeça, e o que quero, melhor sensação não existe

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Promessas

Prometi, e cumprirei
Meus sinais são sempre claros, enquanto os seus obscuros
Não sei se saberei na verdade oque é pra te dizer
Se não sei oque é, como saberei quando findar?
Vou dizer, já que não quebro promessas, mesmo que não acredite.
Uma certeza tenho, não tenho condições de permanecer.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Receita de ano novo




Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.


Carlos Drummond de Andrade

Hurt


"... If I could start again
A million miles away
I would keep myself
I would find a way"

                                  Johnny Cash - Hurt


Talvez

O outro lado da rua parece um abismo onde você apenas acena para mim
Oque passa entre nós é uma desculpa para nos afastar, te afastar, se afastar
Continuei esperando, sem sucesso, um dia atravessaria?
O medo dos carros te faz voltar enquanto me jogo na frente deles
Talvez se eu tivesse me jogado olhando em seus olhos
Talvez o problema tenha sido todo esse, talvez não
Perto, mas longe, nunca consigo descobrir a sua distância

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Impossivel

Ninguém nunca sabe o quanto você sente, o quanto se importa
Não sabe como se sente, o quanto você importa
Nunca é possível sentir como o outro, por mais perto que esteja
Pare de tentar decifrar ou prever as pessoas, é impossível
Sensações e lembranças, percepções mudam
O dia em que o ser humano for assim previsível, virará números
Não julgue, você não sabe o quão amarga foi a vida alheia
Mesmo que a mesma não tenha sido, pode ter sido para ele

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Retórica

É necessário com certa frequência o estranhamento quanto a si mesmo, quanto a sua própria realidade
Também se faz necessário perder um pouco de tudo que você acha necessário as vezes
No mesmo emaranhado é interessante se perder de tudo
Se perder de valores, se é que valem algo mesmo, apenas se desligar
Caminhar em lugares diferentes, para não se cansar de seus próprios calos

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Embriaguem-se


É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

Charles Baudelaire

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Feel

Sempre tenho algo a dizer
Sempre tenho algo a sentir
Sempre temos tudo, tão perto
Apenas diga, sinta, faça
Escutar a musica de olhos fechados
Correr na chuva, sentir...
Não se importe, apenas
Nunca sabemos ao certo,
So... feel this

domingo, 11 de dezembro de 2011

Stay Here

Querer não é o bastante, enquanto penso em fazer, oque me pulsa é permanecer
Guardar a memória e tirá-la de minha caixinha quando eu quiser, é pouco, mas as vezes basta
Não quero que vá e como resposta também não quero ir, querer...
Minha mente fraqueja e apenas mostra oque de vera prezo, paciência...
Peço que guarde, em algum lugar, não necessariamente no mesmo que guardo.
Mas fique, mesmo que distante, aqui, sem querer, espero o sinal.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Afaste-eu

Peço para que se afaste ou peça para eu me afastar
Você não sabe o pesar com o qual eu falo isso
Eu peço para que eu me afaste
Eu não acredito de verdade em mim

Em meio a devaneios e pensamentos você surge
Não era para me afastar, já mudo de ideia
Posso parar de escrever ou falar isso, mas pensar...
É difícil não tentar viver oque a mente ainda reitera.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

e se...

Se eu disser que ainda espero sem querer esperar, que sempre que penso em te esquecer oque me faço é relembrar?
Disser que cada mensagem não respondida foi fingir que não me importava, ou apenas uma agonia por não poder.
Que aquele filme que vi foi uma tentativa de entender o enigma da tal menina do quadro parecida com você
Que cada palavra que engoli foi apenas por medo de te afastar mais rápido do que realmente aconteceu
Que cada apelo ou lembrança de madrugada foi só a percepção que você estava mais distante
A tal incerteza do meio me deixa mais tranquilo quanto ao fim
O fim ... Ninguém sabe quando é ele de verdade
E se... tudo isso acontecer, talvez nada mude
Esse é o grande problema do se, o grande problema da incerteza, do receio e de viver
Afinal se viver está no meio dos problemas, tudo isso não deve ser problema
Pois caminhar é sempre isso, viver, continuar, e se... eu morrer amanhã?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Me

Acorde quando estiver pronta
Chame quando tiver a resposta
Segure quando estiver caindo
Acordem quando tudo tiver passado

Grite quando estiver aflita
Espere enquanto estiver perdido
Sinta quando for necessário
Entenda, pois é difícil

Leia e decifre
Dê sua resposta
Peça a dica
Um pronome no inicio muda tudo

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

The End

Inconstância
Pensamento
Sem controle
Eternamente
Balançando
Um dia controlo
Talvez não
Melhor assim
Aprender
Finidade
Fim

On my way


Non regrettes

Já fiz muito, passou muito
Esqueci e lembrei, feri e fui ferido
A gente aprende, ou espera aprender
O bom passa, o ruim passa
Ganhamos cicatrizes, algumas belas,
Algumas sem o mínimo orgulho
Com tudo vai ficando estranho
Cada dia sinto mais frio
A gente vai se acostumando

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

C'est la vie

Inconscientemente você faz escolhas
Um passo, um caminho
As vezes afasta, as vezes aproxima
Surpresas, sempre
Destino? Nada é programado