Pobre daquele que não percebe que tudo aqui já feito contaram com mãos negras,
Pobres almas que não percebem que nossas raízes vermelhas são banhadas de sangue,
que as mesmas raízes estão encrustadas em corpos, esses corpos tem cor escura.
Larguemos os chicotes, os açoites, os cacetetes, as balas, os olhares julgadores e os dedos apontados
Tudo que reforça a história e a cor de quem sofre.
Poeta é um ente que lambe as palavras e depois se alucina... Manoel de Barros
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Na ciranda
Façamos uma roda, de mãos dadas, braços dados,
que não seja apenas por um momento, que seja constante,
que seja uma caminhada, com rumo certo.
Vamos rodopiando no embalo da ciranda, um circulo noutro,
que nessa roda caiba cada vez mais gente, mais povo,
de povo colorido, sem cor, com jeitos e cheiros.
Simbora juventude, pois você é o sujeito, levante-se!
Toda essa diferença e opressão tem que acabar,
Todas e todos juntos, cirandando por um projeto feminista e popular.
Da nudez
A nudez por ela mesma serve para quê?
Qual o limite entre a exposição por ela mesma?
"Dane-se o mundo, sou livre e tenho que mostrá-lo!"
Desconstruir... até quando só por desconstruir?
Até quando a retórica dialoga com a prática?
Até quando usar de ideologias para si mesmo apenas?
Ah, o mundo "moderno"!
Quando a prática se torna hipócrita com a ação.
E é mais fácil esquecer de tudo depois, não refletir...
Nudez e liberdade são importantes cá dentro,
pra quê tanto querer mostrar que é livre?
Talvez por forçar-se, e não ser...
Qual o limite entre a exposição por ela mesma?
"Dane-se o mundo, sou livre e tenho que mostrá-lo!"
Desconstruir... até quando só por desconstruir?
Até quando a retórica dialoga com a prática?
Até quando usar de ideologias para si mesmo apenas?
Ah, o mundo "moderno"!
Quando a prática se torna hipócrita com a ação.
E é mais fácil esquecer de tudo depois, não refletir...
Nudez e liberdade são importantes cá dentro,
pra quê tanto querer mostrar que é livre?
Talvez por forçar-se, e não ser...
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Malditos sonhadores
Hoje andamos pelas ruas amedrontados,
dizem que existem pessoas que sonham,
nos dizem para termos medo desses,
esses tais sonhadores e sonhadoras são ruins,
andam sempre armados, mesmo amados,
carregam esperanças e brilhos nos olhos.
Armas mais letais que o little boy de Hiroshima,
palavras mais violentas que o massacre na Coréia,
eles e elas erram em amar quem não se deve amar,
e o livre arbítrio do amor por amar um não oposto.
Pecam na carne e na alma, nado certo, ao inferno.
Malditos sonhadores,
Parem de tirar tudo da ordem!
dizem que existem pessoas que sonham,
nos dizem para termos medo desses,
esses tais sonhadores e sonhadoras são ruins,
andam sempre armados, mesmo amados,
carregam esperanças e brilhos nos olhos.
Armas mais letais que o little boy de Hiroshima,
palavras mais violentas que o massacre na Coréia,
eles e elas erram em amar quem não se deve amar,
e o livre arbítrio do amor por amar um não oposto.
Pecam na carne e na alma, nado certo, ao inferno.
Malditos sonhadores,
Parem de tirar tudo da ordem!
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Do gozo
Do toque da pele ao gozo do corpo topo,
e não só de gozo viverá quem quer que seja,
mas de todo detalhe, momento, sorriso...
Que blasfêmia!
Parafrasear o sagrado?
Não, não gozar, que seja do corpo todo,
de detalhes, momentos e sorrisos também.
e não só de gozo viverá quem quer que seja,
mas de todo detalhe, momento, sorriso...
Que blasfêmia!
Parafrasear o sagrado?
Não, não gozar, que seja do corpo todo,
de detalhes, momentos e sorrisos também.
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Quão grande eu sou
Toda a correnteza e pedras ensinam,
como o tigre que ajudou o menino a sobreviver,
como o tigre me ajudou a pensar e descobrir,
Um tratamento constante sobre mim mesmo,
respostas minhas que das quais eu nunca tinha pensado,
perguntas minhas das quais nunca tinha me feito.
Tive uma resposta difícil. Quão grande egoísta eu sou.
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