terça-feira, 17 de outubro de 2017

Parem!

Vocês estão ouvindo?
Eu perguntei se por um acaso vocês estão ouvindo o grito de uma mulher sendo estuprada, que segundo as estatísticas isso pode estar acontecendo agora em algum lar ou casa.
E se por um acaso ou não for sua vizinha ou namorada?
Tem berro que cê escolhe se vai ou não trocar o filtro do facebook né disgraça?
Mas não me fala que é questão de opinião se na hora que a mina passa olha a bunda dela ali de quebrada.
Esse silêncio ecoa na minha mente, mesmo sabendo que você mente pra inflar seu próprio ego decadente que puxo o ar e respiro pra gritar: parem de ver pornografia!
Porque essa violência é permitida e filmada, além de tudo daí é retirado lucro pra aumentar o saco e o bolso da burguesaiada.
Cá de homem pra homem, mesmo se não me achar homem o suficiente por amar outro homem, eu não quero a sua solidariedade, não me venha com tapinha nas costas pra compartilhar a sua impressão sobre aquela gostosa,
Até me trás lembranças familiares daquele que já chamei de pai e tenha certeza que as lembranças não são das melhores.
Você sabe quantas minas meninas são mortas?
Meninas, sim, eu disse meninas, já que a maioria dos casos de estupros ocorrem com meninas dentro de suas casas por familiares, sim estão matando nossas meninas ou as forçando a se matar.
E não venha me dizer que seu comentário escroto e sem más intenções não tem nada a ver com o simples fatos dela virar um objeto para o seu consumo, mas não só seu né? Pode até ser compartilhada.
Pelo grito, o silêncio, o sangue, o estupro, a lágrima o vestido rasgado e o segredo de toda uma vida, meninas, eu sinto muito, sei que não é o suficiente, mas se pra você à vontade for, to aqui pra compartilhar sua dor.
Um ombro, uma mão, um abraço, tenho o machismo em mim, mas me disponho a somar sua luta no trampo diário braço a braço.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A gente se entende.

Mais um pobre coitado, julgado sem nada a ver com o evento, mais um nome sem rima,
Francenildo só rimava com sua querida, como hipopótamos olhando desconfia de quebrada.
Ai se fosse no sertão, aquele povo que nada tem de prascóvio, tinha alvejado de bala, é questão de opiniães.
No sertão ou no morro, de canto a canto não só no carnaval, "é lágrima de samba na ponta dos pés", de muita luta da labuta deixa a nossa dor, na avenida, e que fique por lá!
Mas feliz de quem nesse corre corre da vida, sem tempo pro "simples prazer de não fazer nada", caiba e queira pela sua vontade, entrar numa kombi junto, batendo ou não, continuando lá "a gente" junto, e se bater bateu, junto.
Na moralzinha, como o mano Trigger torcendo pela mina, pelo futuro e pelo futuro lá, já mestre na arte da vida, já que o mundão já é nosso.
Sem discutir se é ou não pecado! Da culpa católica não grado, com todo respeito a fé de quem vier, não perder a alegria e o desejo de ser oque der.
De muita culpa não só o corpo adoece, com a mente e o corpo se cuida muleque!
Se há de tratar ou remediar, que seja com cuidado, não há nada melhor e mais curador que nóis aqui lado a lado, e é droga da farmácia ou da biquera que tenta curar, mas olha que lindeza aquele olhar.
Ao nosso dia a dia Atenção!
Que esse legado aqui não vem do nada não, essa raiz de sangue foi regada dos mesmos que hoje os frutos é negada, oque separa o navio do camburão?
Salve Benguela e Zumbi, e muitos outros que tombaram, mas que nunca desistiram do que construíram aqui, pro que der e vier ergueram um mundo "mesmo com as corrente no pé"
Mas e se não o desejo pra mover a correria, era um dobro de nós que morreria, como uma casa incendiada, oque daqui de dentro acorda mais uma, de novo, de novo.
E pra que rebuscar tagarelar e inventar oque já tá aqui, ali e ali? Nossa palavra nóis contruímo no dia a dia, é daqui do peito, da quebrada, da norte, da oeste,Nova Lima, Barreiro, Industrial, xia!
A getne se entende.