quinta-feira, 25 de maio de 2017

Esqueça

Tentar colocar em palavras bonitas oque nada de belo é,
o aperto que segura aqui o peito até com o aroma do café.
Mas não se iluda criança, nessa dança vai e volta,
sem ilusão que a cada batida que pulsa o sentimento assola.
Peguei a mania da a agonia revirar pra na palavra simples rimar,
quem sabe assim pensando aqui no fundo consiga lembrar.
A verdade é que me esqueço, ou apenas tento esquecer,
que a dor que passou venha a nós sem licença rebater.
Me entenda coração, quão complexo gira lá minha emoção,
não pense que não exista, só pra outrem abro ela não.
A cada tempo, uma outra decisão retomo e penso,
mesmo meu lugar sendo esse cômodo longe e suspenso.
Comparando meu caminhar com meu medo de agulha,
lá no fundo pra remediar, mas a dor sem como abafar.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Ladainha

Devagar me sinto falta do profundo, do que lá no fundo parte a alma, que divide a razão e nem precisar rimar por clichê o coração.
O meu olhar pareço mentir, mas do que mais há de menos oque minto a sentir, aceito descobrir sem nenhuma condição.
Não sabe com que força anoiteço, mesmo o sol não nascendo pra mostrar o recomeço, o vento já não bate no rosto, nem inda sinto na boca o gosto.
Mas não há de terminar esse choro assim triste, batalha do dia viver, não surpreenda a delícia de ser e sofrer sem surpreender, oque importa é o peito bater de assalto bem forte, seja ou não de alegria.

domingo, 7 de maio de 2017

De gelo

E disseram de mim tanto errado que acabei crendo, você disse que isso em mim estava vendo, mas é isso querido, vemos diferente quase sempre, as vezes quase o contrário.
E fiz de novo, no fundo aqui não era nada outro, vinha de tempos, continuava na verdade, aqui da mesma era medo, continua medo, um medo contínuo, achei o significado.
Na memória do olfato não mudou o perfume, na história do meu relato, nao muda o meu retrato, mas por fora muda, pra fora é outra roupa, praqui endurece.
Do que já falam mal, embrutesse e tudo da minha boca vira falácia, nada real, e gelado, frio, do que dizem a cada tombo vira em pedaços, e cada tombo finjo ser outro, mas o medo, acho que não minto.

Morno

Dum olhar encenado senti falta disso
Mas será que é atoa do momento mesmo?
Do que me chamam pelo sol me enxergo
Mas não por mim só de escolha, não mesmo
De vida, de dia a dia, me afastei sem viver
Mas sem viver oque? Se vivi tanto aqui dentro
Já teve muito calor aqui nesse peito
Falam que frio é, mas frio ficou assim
Frio peito, quente corpo, mente é o sol

Respostas

Espera em mim oque não espero
Esperar uma reposta sem ela
Repondo a demandas as vezes
Responder a que não tenho resposta
Não me espere responder nada
Não aguardo respostas de mim
Cansei de pedir desculpas a todos
Canso de esperar de mim algo
Beleza do nosso contato me toca
Belo é o olhar a mim sem cansaço
Não sei como terminar a poesia, me fiz seco, pragmático,sem poesia, sem doçura, desculpa, espera, repostas, não, cansaço,beleza, não respondo a nada, desculpa, as palavras se repetem, não continuo o mesmo, sou outro, você também, mas com erros parecidos, escondi muito tempo, não sei responder