segunda-feira, 14 de maio de 2012

Coletivo


Enquanto a noite se propaga,
e a lua descansa nas estrelas,
minha alma descansa em ti, poesia.


Reflita enquanto queima
Reprima o que te inflama 
Desflora o que te nega e ama.


Beba do vermelho meu
‘Embriaga-te do que quer, o que
sou eu!
Se perca no todo e reina!


Quero sentir suas palavras
Que saem de dentro de ti
Quero sentir seu odor
Que faz parte de mim
Seus lábios dizem a verdade
E de dentro saem de mim
O sentimento vem da alma
E do sangue...


É preciso haver ainda caos dentro de si
Para poder dar à luz uma estrela dançarina.


Mas e o Kiko?
A embriaguez traz a tona
O tédio, a ansiedade e a alegria.
No osso da fala dos loucos têm lírios.


Sei lá, se é origem ou se é fim,
A negociação de sentidos é da terra.
Ser qual sendo diferente
Diante de gente
Que deve achar que não sou.


Vida, amor,
Eu, você,
O mundo...
Não vou parar, não vou desistir
Para onde vou, queres tu também ir?


De repente, sente o mundo inteiro entrar


Perguntei o que acontecia
Nada, poesia.
Poesia, nada, uma das maiores antíteses que já vi.
O vazio e o universal conectados em um inconsciente.
Inconsciente consciente, inerente a quem sente
A vida em suas contradições.


A vida é isso...
Assim me sinto feliz!


Feito pelos participantes do Sarau no gramado da Moradia II da UFMG no dia 21 de abril de 2012.

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