domingo, 23 de outubro de 2016

Tempo pulsa

Conheci por esses dias um sujeito diferente, tinha anticorpos no coração.
Não sei bem como funciona, mas me parece interessante, mesmo que pouco sincero com o próprio corpo,
diz que a mente funciona assim, deixa o outro entrar mesmo que diga o contrário.
Aqueles com coração duro não conseguem entender, já entra voltando atrás, mas desse do coração grande o medo fica nas palavras.
A culpa é só de si mesmo e do que esperava alojar, assim afasta.
Reclama da ansiedade de não poder esperar, mas tem seu próprio tempo, espera que seja junto, finge costume com a dor, dia passar.
No final das contas o tempo ajuda, e ele conta com ele sem contar a falta, o grande coração não coube outro tempo em dúvida.
E pede silêncio.
Enfim...

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Mesmo sem rima

Não quero que chore escondida,
nunca quis que sumisse na vida,
mesmo que a história te oprima.
Olha esse verso de fácil rima,
pra poesitar algo não linear,
até esse ponto desisti de rimar, ou quase.
Sei que não tem culpa,
sabe que também não tenho,
mas pode ser da falta de afeto,
da falta de me lembrar oque tem aqui dentro
e me lembra as vezes porque o punho se ergue,
as vezes um abraço apertado basta,
talvez um olhar no fundo do olho arrasta.
Parece que a gente cai sem fim,
eu resgato alguém e outro resgata a mim.
Sei que não tem culpa,
sabe que também não tenho,
Em tempos assim nem sempre tem rima,
mas nem sempre ela é necessária,
São tempos difíceis  companheiro,
o capitalismo adoece lindeza,
que poemas venham salvar,
não diferente do seu olhar.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Nem ninguém

Energia que pesa o inicio a pensar que até queria que fosse pena,
mas uma pena ser longe disso, nada leve e nada leva, mas por nada!
Sei que palavra assim repetida cansa, e da beleza cavalga a distância
mas é pra cantarolar, e seu sorriso no ritmo esteja enquanto balança,
já que aqui não está, nem você...

domingo, 2 de outubro de 2016

Monólogo

Aprende então querido que a vida tem dessas de dar volta e nó,
aceita então amado, que tem assim dessas do coração aprender a ser só,
pensa aqui comigo, antes que entre em dúvida com rodopios poéticos,
afinal tudo é construído em vertigens, apelando a dramas astrológicos.
Chega aqui perto menino, esse tipo de conversa vai bem ao pé do ouvido,
é bom pra já ouvir a respiração, e saber de cada balbuciar qual a sua reação,
tem tanta coisa boa, mas tanta coisa não, será que assim aquece o coração?
E dessa conversa comigo mesmo, pra ver se um dia balanceia a razão.