domingo, 23 de junho de 2019

Culpa do inverno

Me olha no olho e me diga a verdade
Não peço elogio, por mais que também goste
Eu só peço a verdade, nada além

Esse peito arde quente e soa a pele mesmo sem toque
mesmo que o frio desse solstício me toque o fio
Sigo ardendo a fogueira aqui, sem os outros queimar

O fato de tornar meu ato fruto da minha falta de tato
me trouxe sim alguma dor, mas me sinto num andor
imaculado por mim mesmo, sem nenhum pesar

Olha ele se comparando com santo! Mas quem disse que não?
Nesse dia a dia oque não falta é pecado pra pagar
Mas vamo pensar quem define o acertar ou errar

Aqui no meu próprio templo corpo-igreja oque importa é lutar
E oque te incomoda em que astro a culpa vou botar?
esse sol em câncer me rasga o peito, e é o meu peito

Cada santo ou pecado julgado depende de quem vai julgar
Não se esqueça do "fogo santo", é tempo de pensar
Adormece esse peito e aproveita Yule pra se afirmar.

Auto afirmar essa necessidade, é o mesmo que me convencer dessa verdade
Se aquiete e aquece esse coração sem a falta de outro altar
Com corpo quente se ajeita no peito mesmo frio de quem lhe valha.