segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Seco

Desculpa a secura meu amor, é que aqui tava me derretendo.

Até

Nas entrelinhas analisei cada letra
Tentei passar oque sentia e não podia
- Mas você me pediu
- Não consigo!
- Desculpa
- Na verdade tá bem ruim.
- Te amo.
Tudo que fui seco, é oque me molha os olhos,
No final tudo entalado, escorrendo pelo rosto.

No aguardo

As roupas bagunçadas na cama onde durmo em cima,
a poeira do caruncho que limpo do meu pé ao deitar.
Olho o relógio.
O computador que esquenta minha perna e tenho que levantar,
Mesmo já estando à minha frente, também procuro o celular.
Olho o relógio.
Caminho para a cozinha pra pegar um copo de suco,
Passo no banheiro para olhar meu cabelo bagunçado.
Olho o relógio.
Deito de novo na cama com o celular na mão trocando a musica,
Aquela música toca, mas todas são "aquelas músicas".
Olho o relógio.
Essa hora nunca chega

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Sentir

Penso aqui em mim do que quis
A certeza me arrebata como nunca.
A dor física à falta assim que percebi
Algumas gotas aqui sua aba aberta.
Parece que gosto desse rasgo sentir.
Mesmo que ainda assim
Queira muito sentir
Sem sentir
Sem ti

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Muito se fez o pedido, teve seu tudo atendido, mas não quis
Com muito tempo perdido, me fechando e partindo, me refiz
Não sei se percebeu, mas aqui no fundo doeu, com sangue sim.
Corri atrás do que deixei pra trás, mas quando cheguei, não mais.
O pedido lá atrás, respondi tarde demais, lá fiquei perdido.
Me encontrei e assim perdi, me abri, sofri, pedi, abraço.
Com tudo aprendi e me reaprendri, abrindo ser fraco.
Estava na escada meu mundo parou, sem ar, sem chão.
Me larguei do que estava, me escondi na chuva lá fora.
O cheiro do café e o silêncio, por dentro gritando em mim.
A casca cresceu, me protegendo do que deu, e enfim
Mais uma vez, termina assim, o escudo volta.
Só.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Obrigado

Ah companheiro, se tu soubesse...
Ah companheira, se imaginasse...
Não deixaria de se movimentar, não se calaria, se soubesse oque representa pra mim,
Oque representa pra minha luta e pra minha vida,
Não se deixaria abalar do seu esforço diário, da sua garra.
Se você soubesse do que foi pra mim, oque é pra mim, oque será pra mim.
Do que as vezes me doeu, você me desfazer, me questionar, me sangrar.
Do que simplesmente foi, também se desfazendo, de lembrar de mim.
O mim egoísta que sempre fui, mas o mim aberto a simplesmente se abrir.
O mim colocado a chorar, se ajoelhar, ou só se calar, mas também a sofrer.
Mas o sofrimento não só o meu e o seu.
Se soubesse te contaria, balançando esse coração cheio de utopia, mas sempre vivo, junto comigo, me desconstruindo.
Obrigado.