domingo, 31 de março de 2013

De açúcar

Engraçado como minha imaginação tem ficado cada vez mais fértil.
Fico pensando no quanto a gente muda, e quanta gente muda.
Mais ou menos sentimental. Tenho até me derretido na chuva, também sem ela.

Entendo


Sei que é difícil sequer acreditar, até mesmo em mim, penso nisso até adormecer.
Escuto o barulho da chuva, decido apenas deixá-la cair.
Afinal mais oque posso fazer, além de apenas esperar?

Chá

Uma pontada no estômago assim que me levanto,
sinto cheiro de chuva e de lembranças de outro dia.
Faço um chá pra esquentar o peito, vapor quente.
Melhor decidir.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Sexta

E que tal uma noite de nostalgia, frio e tabaco?
Sempre bem vindo, novo e velho, no final eles se cruzam.
Muita informação para um dia de penitência.
Como já me avisaram antes, e que eu temia.
A parte terra vem me tirando do ar.

Carnaval

Poesia entre a rotina, um já prometido diferente.
Um presente guardado, um outro perdido.
E não é que minha brincadeira fazia todo sentido?
Faltam sempre palavras aos fins, aos fins que justificam oquê?

domingo, 24 de março de 2013

CDA

"As obras-primas devem ter sido geradas por acaso; a produção voluntária não vai além da mediocridade."
Carlos Drummond de Andrade

Me olhe

Queria uma palavra que me respondesse, talvez apenas um sinal, do silêncio talvez, apenas um olhar.

segunda-feira, 18 de março de 2013

quinta-feira, 14 de março de 2013

Juro!

Juro que ainda tremo ao te ver de longe,
Imagina ainda, ao te ver de perto...
Juro que me balanço, juro por quem?
Só não sei por quem jurar.

Sentir

Repito sempre as mesmas coisas para todos,
Já falei para muitos na verdade o quanto queria saber,
Queria mesmo saber oque sentes, sobre tudo,
Queria saber de verdade, oque sentes,
Queria na verdade, te sentir, você sente?
Sinta a vida, se sinta vivendo, me sinta.

quarta-feira, 13 de março de 2013

domingo, 10 de março de 2013

Ciência?

Imagem que passa pela íris, vai direto à espinha, percorre todo meu corpo com uma energia estranha, acelera o coração, a mente trabalha tanto.
Quem manda no corpo afinal?

Agonia

Relembro José, ao marchar sem sentido,
Raul na sua eterna metamorfose,
Companheiro Che se endurecendo sem perder a ternura,
Tanto já se passou, tantos já passaram por muito.
Agonia e o prazer de viver.

sábado, 9 de março de 2013

À margem

Meu receio é então verdadeiro.
Receio então de você, talvez.
E de talvez não mudar de ideia.
Sigo à margem.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Quase-perda

Não lembrava como era essa sensação.
Posso chamar de perda ou morte?
Talvez, quase-morte, ou quase-perda
Lá vou eu inventando palavras de novo,
Eu inventando sensações de novo, dramático.
Será que consigo arrancar com a mão?

Compressa

Coloquei a água para ferver, com destino certo. Ao colocar a água na bolsa de borracha, o vapor incomodou meus olhos, fechei logo a bolsa e caminhei para o quarto. Coloquei músicas que me lembravam várias coisas, repito em minha mente: "Gosto de músicas depressivas, mesmo não sendo depressivo" (tal frase tão clichê pra mim). Com uma toalha úmida enrolada na bolsa quente, deito na cama.
Certos dias até deitar na cama trás tanta coisa à mente. Coloco a compressa sobre os olhos, como disse o médico. Começo uma viagem entre as músicas, a sonolência e minha mente insana. Tanta coisa, tanta memória, me lembro quanto gosto de escrever, o quanto queria saber pintar, o quanto queria mais do que já quis, e quanto mais podemos querer.
A compressa esquenta demais, quase chega a queimar, mudo a posição para aliviar um pouco o ardor.
Em um de meus devaneios, penso sobre a possibilidade de tudo que veio à minha mente, ser fruto do calor da compressa que coloquei no rosto. Dou uma pequena risada do meu pensamento insano, tento voltar à ter um pouco de sensatez.
Acabo com a compressa sobre o peito.