sábado, 27 de agosto de 2016

Manifesto ao alterego

Reli um choro naquele manifesto que quase não lembrava,
lembrei das ilhas que visitei e passeei algumas vezes
inclusive a que me nomeou pirata numa certa conversa.
Aliás, aprendi muito de mim em cada viagem, cada uma.
Me sinto tão outro, mas ainda um pouco assombrado,
me arrepio com os mesmos fantasmas, talvez
tem um fantasma em cada ilha no minimo, ou mais.
Aquele sol que dança me avisava sobre corações,
mesmo de poucos toques não se pisa nessas terras,
não se imagina quão fundo cravou a âncora.
Mas e essa âncora que não crava? Pergunta eterna
Acho que minha ilha é de areia movediça,
ou só não moro em ilha, talvez sempre navio,
sempre em lua cheia, sempre em lua de fogo.
Talvez seria bom colocar um aviso na ilha,
não sei se lembro o caminho dela,
ou se quero lembrar.
Queimei o mapa.
Será mesmo?
Me ilha,
Lá olho,
Longe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário